sábado, 16 de maio de 2009

trans-gens

Escrevo, com certo atraso, sobre minha participação no Roda Viva, na ultima quinta-feira. Em meio ao #meganao, as atividades do Veredas e as coisas cotidianas, ainda, não havia tido tempo de parar e escrever.

Eu, particularmente, não conheço a fundo o trabalho de Jeffrey Smith, li algumas coisas, mas nunca analisei seus textos de modo mais profundo. Confesso, que não por falta de tempo ou interesse, mas por acreditar, basicamente em duas coisas:

- Os alimentos transgênicos estão diretamente relacionados a forma de produção industrial alimentícia, e a agropecuária da atualidade - comandada por grandes marcas, com produtos processados, embalados, promovidos em campanhas com belas modelos, e pessoas felizes. Esse molde de alimentação formou-se paralelamente a criação da vida urbana, das metrópoles, do sistema do capital. A função do alimento passa de nutrir para consumo, como um sapato, um perfume.

- Os transgênicos em si não são o problema, mas sim o formato usado para sua regulamentação, as pesquisas feitas, divulgadas e promovidas por grandes corporações. Como, o próprio Carlos Hotta disse, não podemos misturar as coisas.


No meu mundo ideal, gostaria de viver num ambiente em que as recombinações todas fossem possíveis: tanto de sementes, como de habitats, de sistemas, de pessoas. Que tais recombinações não estivessem sob patentes, que pudessem beneficiar a todos, e não apenas aqueles que possuem monopólios financeiros.

Minha aversão, deixo bem claro, aplica-se as questões ideológicas, e não a ciência.
Acho que vale ver

The Corporation
Obrigado por Fumar
O Informante

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