Ontem estive junto com a @samegui na palestra de Peter Senge oferecida pelo Banco Real + Santander, no Hotel Transamérica em São Paulo.
Preciso confessar que acho meio suspeito instituições financeiras oferecerem 'Diálogos pela Sustentabilidade'. Uma vez escrevi claramente minha opinião sobre todos esses clichês. Pois, nos dias de hoje um termo que antes era aplicado a dinâmica de populações pela Ecologia, se transformou em palavra chave de economistas a cirurgiões plásticos.
Mas, de outro lado, acho possível sim [com os recursos de uma marca/empresa/corporação], gerar conteúdo e possibilidades de discussões plurais, mesmo que seja em um Hotel-não-lugar, com pessoas que em sua maioria não estão conectadas nas redes [por exemplo na sala da palestra não tinha wi-fi, mas sobraram pessoas com roupas sociais, caras sóbrias e levando as considerações de Senge pro lado empresarial].
Tinha poucas expectativas quanto ao conteúdo da palestra, sinceramente, achei que seria legal ouvir Peter, mas que seria algo mais do mesmo. Como, no inicio foi. Uma apresentação bem técnica, com dados mensurados dos impactos do consumo e geração de poluentes, essas coisas. Falou de Mudança Climática, como sintoma, e não como algo fácil de ser revertido. Coerente.
Entretanto, em um ponto da palestra ele mostrou um vídeo. Este vídeo teve ligação direta com as coisas que estava conversando com a @samegui na ida, com as coisas que vivo, e com algo que havia pensado muito um dia antes no domingo.
Vou explicar de trás pra frente. No domingo, fui vistar a Biblioteca Temática em Meio Ambiente Raul Bopp, no Parque da Aclimação. Um lugar bem legal, mesmo. Não visitava o Parque desde meu último ano de Ensino Médio, em 2001. Estudei no Anglo Latino, antes instituição tradicional, hoje prédio falido com portas lacradas. Foi uma época dificilíssima da minha vida, estava muito doente, perdi uma amiga num acidente de moto, não achava que teria futuro. Voltar naquele lugar, olhar pelos portões, me fez ver que um novo futuro sempre pode acontecer, mas exige trabalho.
As coisas que vivo, englobam diretamente nutrir a vida de três crianças, acreditando, com um amor grande e inexplicável que as estórias podem ser modificadas e que há um lugar seguro em breve. Implica em tentar delinear aquilo que são necessidades reais e os outros aquilos que são desejos descartáveis, que não edificam uma sociedade e a coletividade.
E minha conversa com a @samegui, na ida, envolvia o filme a Má Educação. Os formatos que colocam sobre pessoas para elas serem algo impossível e frustante.
Tudo se aplicou a este vídeo
Eu fiquei chocada ao ver estas palavras mixadas com a trilha rítmica financiada pela Nike Foundation (sem comentários sobre as atrocidades de fabrica cometidas pela empresa...)
Uma campanha pode parecer algo legal, sonoro, bonito...No mundo real duro de fazer - eu sei disso!
Ah, e no meio de todos os engravatados e as mulheres de tailleur, Maria Cristina Darcy foi belicamente grosseira conosco, pois nossas considerações, comentários (em tom baixo) atrapalharam muito!
E, nisso tudo, continuo tentando ser a garota disposta a mudar algo, ou muito.
Maira, será q a gente pode fazer esse video em portugues? Adorei!
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