entre piadas e macumbas
ouvi dizer que a fiesp vai promover um seminário de meio ambiente e sustentabilidade, no pós-crise.
(pois é, ri)
ainda não consegui entender o que é a crise.
talvez, ao falarem dela, estejam fazendo alusão ao fato do mercado ter desaquecido, e as empresas precisarem ser "verdes". eu não sei. nunca sei.
de uma hora pra hora decidiram remixar as coisas: ativistas apaixonados acharam lugar em propostas pão-com-ovo de empresas que seguem a mesma formulinha banal da compra e venda. todo mundo comparece no evento, todo mundo vai feliz, volta feliz. tem buzz na rede, legal!
eu não vou, não perco meu tempo. eu não vanglorio ícones socioambientais, prefiro valorizar quem faz coisas reais, que constrói ao meu lado, que muda pequenos cenários e impulsiona mudanças...
ontem, voltando com o Fabio Almeida (Ciencine) da Casa de Cultura, depois de uma tarde de reuniões [com: o Markun (que cuidado! faz macumba pros outros pararem de ser mentirosos), o pessoal da Matilha, o Mbraz, e a Teia] falávamos que as pessoas ainda não perceberam - ou perceberam e não sabem o que fazer - que o mundo caminha para novos formatos.
ainda insistem em apoiar e replicar mentiras induzidas por ongs que se dizem do bem, do ensino, do meio ambiente do mundo. ignoram a ciência, o trabalho orgânico das redes auto organizadas: ecobags, reciclagem, eletrônicos verdes, alimentos orgânicos, filmes de Al Gore, ou patrocinados por Yves Saint Lauren. jornalismo "livre" (o diabo usa mouse, posta em blog de grande portal) entra nesse balaio também. tudo no mesmo patchwork que alimenta vingancinha mas não muda nada, não faz bem pra ninguém. buzz, troll, buzz.
e, enquanto isso, picaretas tentam aplicar as mesmas ideias para projetos novos.
consideram as coisas previsíveis, controláveis. ainda bem que nunca são.
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