domingo, 13 de dezembro de 2009

hoje, anos atrás nascia minha irmã.

e, o dia amanheceu chuvoso.



não sei se amanheceu chuvoso, propositalmente,
como que instruindo o tempo, mandando eu ir pr'aí
pra como sempre e de costume, tomarmos chuva enquanto andamos na rua,
com guarda-chuvas sendo virados pelo vento que vem do mar e balança os coqueiros.

mas não fui.
mais uma vez, não fui materialmente.
tenho saudade do nosso banco,
do lugar que considero minha casa.
me sinto perdida aqui.

hoje não vamos comprar pirulitos de coração.
nem passar trotes e anotar no caderno que temos desde 1995.
ou ficar na frente da joalheira do senhorzinho bizarro que pinta o cabelo.

uma escolha, uma pessoa que encontramos e nossa vida muda toda

um dia, inverno, julho.
uma menininha, a Pâmela.
no dia seguinte achei você.

mistério da vida, esse encontro de pessoas.
mesmo.

são muitos causos os nossos,
coisas de quem cresceu junto, de quem passou por coisas boas e ruins.
de adotar cachorros,
de fazer meninos latirem,
ou de fazer websites nossos sinistros
de brigas e trios-elétricos.
de nascimentos e mortes.
tudo junto,
intenso.

quem nunca achou um irmão pela vida,
talvez, jamais entenda o que estou dizendo.
porque amar pessoas não é uma coisa simples de ser expressa em palavras.

desejo que hoje:

nade na chuva,
pegue carona em carros de desconhecidos,
provoque todos os meninos,
entre contra mão em todas as ruas,
escute todos os funks baratos,
vire sorvetes na avenida grande.

. seja pra sempre

[imagem de casa @ paulo brabo]

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